domingo, 5 de agosto de 2018

Poesia de Esquina, verbete das favelas. Por que Sim?




Uma das poucas e pioneiras fronteiras da resistência local de ocupação de espaços públicos com arte, o movimento literário que começa com um sarau em 2011 faz escola. Recebe e transmite influências de outros territórios e se desdobra em festivais como o da FLUP em 2016 na Cidade de Deus e na segunda edição do Festival Juventude na Favela em 2018, caminha agora para tornar-se mais um verbete no Dicionário Carioca das Favelas.

"Poesia de Esquina – Movimento literário das periferias que da Cidade Deus influencia na origem e no conceito iniciativas com novas centralidades urbanas na cena literária carioca e fluminense.  Termo que além de dar uma identidade própria ao processo de produção cultural na e a partir da Cidade de Deus é também um conceito de fazer e falar poesia com ênfase no microfone aberto. Fundado em novembro de 2011 tem como mote e referência o lançamento do livro de poemas TEMPORAIS de Wellington França, em outubro de 2010.
  Com plena condição de uma narrativa própria, fenômeno que se desdobra e navega em múltiplas plataformas – do zine “Palavra Solta” – outrora “Pensamento Livre”, à caixototeca no bar; Poesia de Esquina Itinerante; SPEDE nas escolas. Editora de novos e velhos autores, o movimento acumula expertise em libertação de livros, oficinas literárias em captação de recursos via editais e financiamento coletivo."

Este movimento tem legitimidade de reivindicar pra si a condição de ser conceituado também como mais um verbete da Cidade de Deus, quiçá de todas as periferias cariocas. 

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