Uma das poucas e pioneiras fronteiras da resistência local de ocupação de espaços públicos com
arte, o movimento literário que começa com um sarau em 2011 faz escola. Recebe e
transmite influências de outros territórios e se desdobra em festivais como o da
FLUP em 2016 na Cidade de Deus e na segunda edição do Festival Juventude na
Favela em 2018, caminha agora para tornar-se mais um verbete no Dicionário Carioca
das Favelas.
"Poesia de Esquina – Movimento literário das periferias que
da Cidade Deus influencia na origem e no conceito iniciativas com novas
centralidades urbanas na cena literária carioca e fluminense. Termo que além de dar uma identidade própria
ao processo de produção cultural na e a partir da Cidade de Deus é também um
conceito de fazer e falar poesia com ênfase no microfone aberto. Fundado em
novembro de 2011 tem como mote e referência o lançamento do livro de poemas TEMPORAIS
de Wellington França, em outubro de 2010.
Com plena condição de uma narrativa própria,
fenômeno que se desdobra e navega em múltiplas plataformas – do zine “Palavra
Solta” – outrora “Pensamento Livre”, à caixototeca no bar; Poesia de Esquina
Itinerante; SPEDE nas escolas. Editora de novos e velhos autores, o movimento
acumula expertise em libertação de livros, oficinas literárias em captação de recursos
via editais e financiamento coletivo."
Este
movimento tem legitimidade de reivindicar pra si a condição de ser conceituado
também como mais um verbete da Cidade de Deus, quiçá de todas as periferias
cariocas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário