sábado, 30 de dezembro de 2017

O Anacoreta

Nano Sarau


Reverso

Anacoreta


Um encontro inusitado de dois poetas e um extraordinário feito flagrado por minha câmara tipo Bombril.

O Poeta e amigo Anacoreta faz a primeira declamação pública de sua vida num bar da Cidade Deus, codinome CDD: Seu poema, inédito, Reverso faz  homenagem “aos que partiram desta para uma vida melhor”. Com a palavra, o artista.

domingo, 24 de dezembro de 2017

DESEJOS PASSADOS E PRESENTES

E o futuro? A nós pertence!

Vou me apresentando para o ENCONTRO com 2018. Esse momento será especial, pois será o encontro das experiencias de campo narradas como poeta, idealizador do GRUPO CULTURAL PROJETO e da REVISTA NÓS. Pesquisador sobre Teatro do Invisível,  gestor em organizações não governamentais do COMOCIDE ao CEACC. Do TAIDOKAN à AMGS e pesquisa atuais sobre memórias e patrimônios culturais. As mesas virtuais ou presenciais serão mediadas por todos e todas que assim o quiserem. E o tema (simbólico, talvez, somente meu, quem sabe), será Estética das centralidades periféricas nas palavras, imagens e gestos. Cada um com seu trabalho e expertise. Temos muitos lugares. Da literatura artística às artes marciais. Narrativas que traçam via crucis e liberdade, levaremos para nossas moradas um pouquinho da invenção desses processos.


OS INVENTOS 

Sarau Poesia de Esquina na Cidade de Deus - O QUE PROVOCOU O TRABALHO, Lançamento do meu primeiro livro solo de poemas TEMPORAIS em outubro de 2010.

AS FERRAMENTAS
Redes sociais
Fanzine
Poemas

Um bar com equipamento de som, depois um som carregado nos ombros, ora com dor, ora alma, mas no peito, esperança.

 PRIMEIRAS PARCERIAS 

amigos poetas, artistas e músicos, cineastas (caramba, quanta saudade tenho de meu amigo Julio Peckly! E de seu amigo do peito e irmão camarada Paulo Silva!) e produtores culturais da comunidade e de outros territórios; empreendedores e duas ONGs ASVI e CASA DE CULTURA CIDADE DE DEUS.


DESAFIOS

Criar uma produtora de eventos
Participar de editais e inscrever projetos nas leis de incentivo
Lançar um livro de um dos autores do PDE CDD (pelo menos um  anual)
Lançamento do segundo livro  ABISMO



E o que mudou em sua maneira de se colocar diante da vida? (perguntou Luma Ciro)
Sempre fui um ativista radical. Consigo agora ver as pessoas com maior atenção e cuidado (vez em quando tropeço, claro, sou humano, não sou perfeito nem feito de ferro).

O Sarau Poesia de Esquina demonstra que até podemos ser objeto de estudo de pesquisa acadêmica. Mas que sempre seremos cada vez mais protagonistas de nossa propria história e das mudanças que realizamos, tentando de um jeito divertido e com muito mais suavidade.


A proposta é expandir a discussão para que todos voltem aos seus campos, de pesquisa e trabalho, com vontade de continuar inventando novos caminhos.
Com essa postura, mas sem fazer alarde, fui me aninhando na Casa de Cultura. Fui acolhido sem as frescuras da formalidade burguesa que muitas vezes repetimos sem saber ou perceber, que não são nossas. Acabo então mergulhado em atas, estatutos, editais e atos formais.

Crio raízes se preciso arejar a terra. Por vezes inclino-me como bambu diante das tempestades para voltar renovado refletindo sobre a vida que vem e vai.
E de quando em vez, corto as raízes para voltar a navegar como navegam nossos ancestrais dos brasis antes do Brasil das cruzes e Cruzes. Navegando com as águas doces dos lagos e rios. Ou entre as misteriosas e costeiras ondas atlânticas.

Curto trem desde a infância. Mas sempre que entro num acabo tomado pelo poder de estar na locomotiva. Nunca me foi dado o prazer de ser simples passageiro, que entra e sai, como simples viajante, que quando está pode se dar o luxo de olhar a paisagem como se estivesse sempre em velocidade de cruzeiro. Se ficar parado, em mim colidem. Se seguir sem ver sinais, atropelo amputando vidas. Breca-se repentino, descarrilha. Se pulo fora e ninguém assume... talvez, só talvez, o mundo se transforme.

Tenho tanto respeito por velhos como eu que planta tâmaras ainda que não tenha existência para colhê-las, quanto por quem tem fome de tudo e de fé e venhamos e convenhamos, plantar com fome, só monges do Tibete.




Não me importo se você prefere repetir as verdades dos outros. Quanto a mim, vou tentando aprender fazer pão e parti-los e reparti-los, não com lâminas frias de espadas, mas sim, com mãos calejadas As mãos quentes de quem trabalha.

Na dúvida, volto para meu solitário barquinho à remo. Mas se quiserem, tem mais remos e lugar.