E o futuro? A
nós pertence!
Vou me apresentando para o ENCONTRO com 2018. Esse momento será especial, pois será o
encontro das experiencias de campo narradas como poeta, idealizador do GRUPO
CULTURAL PROJETO e da REVISTA NÓS. Pesquisador sobre Teatro do Invisível, gestor em organizações não governamentais do COMOCIDE ao CEACC. Do TAIDOKAN à AMGS e pesquisa atuais sobre memórias e patrimônios culturais. As
mesas virtuais ou presenciais serão mediadas por todos e todas que assim o
quiserem. E o tema (simbólico, talvez, somente meu, quem sabe), será Estética das centralidades periféricas nas
palavras, imagens e gestos. Cada um com seu trabalho e expertise. Temos
muitos lugares. Da literatura artística às artes marciais. Narrativas que
traçam via crucis e liberdade, levaremos para nossas moradas um pouquinho da
invenção desses processos.
OS INVENTOS
Sarau Poesia de Esquina na Cidade de Deus - O
QUE PROVOCOU O TRABALHO, Lançamento do meu primeiro livro solo de poemas TEMPORAIS em outubro de 2010.
AS FERRAMENTAS
Redes sociais
Fanzine
Poemas
Um bar com equipamento de som, depois um som carregado nos ombros, ora com dor, ora alma, mas no peito, esperança.
PRIMEIRAS PARCERIAS
amigos poetas, artistas e músicos, cineastas (caramba, quanta saudade tenho de
meu amigo Julio Peckly! E de seu amigo do peito e irmão camarada Paulo Silva!)
e produtores culturais da comunidade e de outros territórios; empreendedores e
duas ONGs ASVI e CASA DE CULTURA CIDADE DE DEUS.
DESAFIOS
Criar uma produtora de eventos
Participar de editais e inscrever projetos nas leis de incentivo
Lançar um livro de um dos autores do PDE CDD (pelo menos um anual)
Lançamento do segundo livro ABISMO
E o que mudou em sua maneira
de se colocar diante da vida? (perguntou Luma Ciro)
Sempre fui um ativista
radical. Consigo agora ver as pessoas com maior atenção e cuidado (vez em quando tropeço, claro, sou humano,
não sou perfeito nem feito de ferro).
O Sarau Poesia de Esquina demonstra que até podemos ser
objeto de estudo de pesquisa acadêmica. Mas que sempre seremos cada vez mais
protagonistas de nossa propria história e das mudanças que realizamos, tentando
de um jeito divertido e com muito mais suavidade.
A proposta é
expandir a discussão para que todos voltem aos seus campos, de pesquisa e
trabalho, com vontade de continuar inventando novos caminhos.
Com essa postura, mas sem fazer
alarde, fui me aninhando na Casa de Cultura. Fui acolhido sem as frescuras da
formalidade burguesa que muitas vezes repetimos sem saber ou perceber, que não
são nossas. Acabo então mergulhado em atas, estatutos, editais e atos formais.
Crio raízes se preciso arejar a
terra. Por vezes inclino-me como bambu diante das tempestades para voltar
renovado refletindo sobre a vida que vem e vai.
E de quando em vez, corto as raízes para voltar a navegar como navegam nossos ancestrais dos brasis antes do Brasil
das cruzes e Cruzes. Navegando com as águas doces dos lagos e rios. Ou entre as
misteriosas e costeiras ondas atlânticas.
Curto trem desde a infância. Mas
sempre que entro num acabo tomado pelo poder de estar na locomotiva. Nunca me
foi dado o prazer de ser simples passageiro, que entra e sai, como simples
viajante, que quando está pode se dar o luxo de olhar a paisagem como se estivesse
sempre em velocidade de cruzeiro. Se ficar parado, em mim colidem. Se seguir
sem ver sinais, atropelo amputando vidas. Breca-se repentino, descarrilha. Se
pulo fora e ninguém assume... talvez, só talvez, o mundo se transforme.
Tenho tanto respeito por velhos como
eu que planta tâmaras ainda que não tenha existência para colhê-las, quanto por
quem tem fome de tudo e de fé e venhamos e convenhamos, plantar com fome, só monges do Tibete.
Não me importo se você prefere
repetir as verdades dos outros. Quanto a mim, vou tentando aprender fazer pão e parti-los e reparti-los, não com lâminas frias de espadas, mas sim, com mãos
calejadas As mãos quentes de quem trabalha.
Na dúvida, volto para meu solitário barquinho à remo. Mas se quiserem, tem mais remos e lugar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário