CADA UM POR SI TRANSFORMA-SE COMO PODE E QUER
O QUE FAÇO? TRANSFORMAR LUGARES, CONCEITOS E RELAÇÕES
Texto: Wellington Moraes França
Fotografia: Adalton Pereira
Não tenho a pretensão de transformar pessoas.
Mas se elas querem me usar, usar minhas ferramentas, meus sistemas para mudar suas vidas, qual o problema?
Quero sim, transformar ou ainda que seja alterar relações, conceitos e lugares. Busco a harmonia do modo como se trabalha para alcançar estrelas quando a meta é alcançar satélites.
- Satélites do respeito para seguir educando com exemplos
- da trégua para cuidar melhor dos enfermos e famintos
- da dignidade para cuidar da própria honra
- da alegria para cuidar das crianças
- Do foco para empreender inovações
DE DÉCADAS EM DÉCADAS O VELHO TIGRE TRASNFORMA E TRASBORDA DRAGÕES
Em 1957 nasci neste rico planeta azul repleto de miséria
Em 1977 – Centro Social Urbano, Grupo de Teatro Perspectiva, primeiro exame de faixa de karate batizado por Mestre de Jiu-jítsu : Oswaldo Fadda, meu primeiro torneio de Xadrez e o I Festival de MPB.
Em 1987 fundamos o Clube de Lutas e Estudos de Artes Marciais TAIDOKAN
Em 1997 fechamos a cortina de nossa melhor cena e nos dispersamos. Fui cuidar de meu filho.
O ano 2017. Tempo encontrado para mostrar nossas patentes.
Com exemplar coordenação local da Professora Cleonice Dias mediando esforços entre CEACC, Comitê Comunitário e a Cientista Política Sonia Fleury (e outros atores institucionais externos) o lançamento das bases para a construção do Dicionário de Favelas Marielle Franco onde produzimos e publicamos os verbetes Mutirão da Laje - Autoria do Arte Educador Pablo das Oliveiras; Drogas na Cidade de Deus da Professora Doutora Maria de Lourdes da Silva; Movimento Associativista de Base Comunitária, de minha autoria e o Dicionário Popular dos Lugares da CDD, por mim pesquisado e organizado.
Não abri mão de posicionar nossa marca TAIDOKAN no campo das lutas marciais do mesmo modo que não abri mão de manter o sonho da REVISTA NÓS no corpo e em campo literário.
Nossas medalhas-MEMÓRIAS são melhores do que as medalhas de latão-acobertadas de ouro, prata ou bronze, fornecidas pelo marketing de fachada.
Tornamo-nos centralidades periféricas quando, a partir da CDD demonstramos capacidade de produzir conhecimento e diagnósticos sociais com ou sem a chancela das academias.
E o domínio do conhecimento científico e sua aplicação (tecnologia) é nossa melhor medalha.
Aprendo desde sempre que é preciso fazer com que todas as iniciativas tenham desdobramentos. Que sejam consequentes.
Talvez então tenha no movimento que se segue ao Sarau Poesia de Esquina um pouco do DNA da Revista Nós.
Assim como no Jornal Abaixo Assinado de Jacarepaguá - JAAJ recebe e replica o bastão do combativo Jornal O Amanhã da Cdd dos anos oitenta.
Do mesmo modo – e com o máximo respeito – O Grupo de Teatro Raiz da Liberdade ilumina com sua energia máster os gigantes: Corredor Cultural Obassylene! e Os Arteiros.
E a Casa de Cultura Cidade de Deus se faz presente como ícone Memorial do lendário padre Holandês do e no Brasil, Julio Groten.
Assim como o CEACC – Centro de Estudos e Ações Culturais e de Cidadania faz ressurgir das cinzas o grandioso COMOCIDE do Embaixador dos Excluídos, João Batista dos Santos que cede seu nome em sua memória ao CIEP que marca de vez nossa história exemplarmente olhando de frente para brutal e glamorosa Cidade de Deus de Todas as Mulheres e Homens do mal e do bom ser político.
I Encontro do Conselho Editorial do Jornal O Amanhã
Produção do!º Festival de MPB no CSU.
( Fotografias de Adalton Pereira).
Um comentário:
Parabéns Wellington, pelo lindo texto, repleto de informações históricas que retratam a sua trajetória e riqueza de cultura e de lutas de residência da CDD. É este filme que deve ser mostrado!
Obg. Pela refência ao meu pai e as instituições. Forte abraço!
Revista Nós presente!
Marielle Vive!!
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